Fundação  - Um dos Países com as fronteiras mais antigas do Mundo, a sua independência data de 1143.

Localização -  Situado do Sudoeste da Europa, o País mais ocidental da Europa, faz fronteira com Espanha a norte e leste e com o oceano Atlântico a sul e oeste. Possui dois arquipélagos no oceano Atlântico, a Madeira e os Açores.

Área -   Total de 92 090 km2, com uma população de cerca de 10 562 000 habitantes

Capital  - Lisboa (2 milhões habitantes).

Língua  - Português (de raiz Latina) também falado em países como Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e ainda em Timor Leste e um pouco por todo o Mundo onde estejam portugueses e por onde andaram portugueses nas suas conquistas, nomeadamente em algumas ex colónias, como Macau na China, Goa na India e Malaca na Malasia.

Clima  - Temperado Mediterrânico 

Moeda  – Tal como a maior parte dos países da Comunidade Europeia, Portugal adotou o euro € em 2002.

 

Governo  – República Democrática, regime Semipresidencialista. Hierarquia: Presidente da República, Primeiro-ministro e Governo, Parlamento. Até 5 de Outubro de 1910 foi uma Monarquia, data em que foi implantada a República.

Feriados – 

1 de Janeiro – Ano Novo
Móvel - Sexta Feira santa 
Móvel – Páscoa
25 de Abril – Dia da Liberdade
1 de Maio – Dia do Trabalhador 
10 de Junho – Dia de Portugal
15 de Agosto – Nossa Senhora
8 de Dezembro – Imaculada Conceição
25 de Dezembro - Natal

Código telefónico –  00351

Em 1290 o rei D. Dinis cria a Universidade de Coimbra , uma das mais antigas da Europa. Nos finais do séc. XIV e XV os portugueses foram os primeiros a navegar até África, ao Oriente longínquo e à América do Sul, em 1497 Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para a India, em 1500 Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil. Os Portugueses chegaram aos 4 cantos do Mundo. Portugal revolucionou a Cartografia, levou o chá para Inglaterra, as armas de fogo e a tempura para o Japão, introduziu na India o ensino superior e o animal perú, levou os chocolates e os diamantes para a Bélgica (Flandres e Antuérpia) e Holanda.

Da época dos Descobrimentos , ficou a forma de conviver com todos os povos do Mundo, ficou também patente em muitos monumentos o nosso estilo “Manuelino”, um estilo arquitetónico que incorpora elementos marítimos como a esfera armilar, a cruz de cristo (templários), corais, algas, cabos de navios e colunas-palmeiras.

Depois de uma crise dinástica que termina em 1640, Portugal retoma toda a sua força e pujança. No séc. XVIII, D João V, manda construir o Palácio de Mafra com o ouro vindo do Brasil.

Em 1910 é instaurada a Republica e em 1986 Portugal adere à Comunidade Europeia.

Património Mundial classificado pela UNESCO em Portugal:
- Centro Histórico de Angra do Heroísmo – Açores
- Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém - Lisboa
- Mosteiro da Batalha – Batalha
- Convento de Cristo – Tomar
- Centro Histórico de Évora – Évora
- Mosteiro de Alcobaça – Alcobaça
- Paisagem Cultural de Sintra
- Centro Histórico do Porto
- Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa
- Floresta Laurissilva da Ilha da Madeira
- Centro Histórico de Guimarães
- Região Vinhateira do Alto Douro
- Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico – Açores
- Fortificações de Elvas

Ainda de referir que do Brasil à Tanzânia, do Paraguai ao Sri Lanka, os portugueses deixaram marcas culturais e de enorme valor, classificadas pela UNESCO, fruto da presença portuguesa em muitos cantos do Mundo devido aos descobrimentos.

Os Romanos em Portugal:  A partir do Século III a.c, os Romanos deixaram em Portugal a língua Latina, bem como o aparecimento de inúmeras cidades, são exemplo disso, Braga (Bracara Augusta), Évora (Liberalitas Julia), Conímbriga e Chaves (Aquae Flaviae).
 Deixaram por todo o território construções que permanecem até aos dias de hoje, obras de engenharia admirável, como pontes, aquedutos, teatros, termas. O Templo Romano de Évora (séc. I d.C), é um dos maiores símbolos da presença Romana em Portugal e do culto imperial, bem como a cidade de Conímbriga com os seus magníficos pavimentos de azulejos.

A presença Islâmica:  A arte Islâmica bem como toda a influência Islâmica desenvolveu-se em Portugal aquando da ocupação muçulmana entre 712 e 1249. Na arte, o arco em ferradura bem como a azulejaria são ainda hoje a presença mais marcante em território português da presença muçulmana. Conseguimos encontrar vestígios nas cidades e vilas de Mértola, Faro, Elvas. Não podemos deixar de referir que os muçulmanos introduziram novas plantas na agricultura como a laranjeira, a amendoeira, a figueira. Introduziram novas técnicas de aproveitamento de água como a nora, a picota e os açudes e desenvolveram o artesanato e as indústrias do azulejo e dos mosaicos, bem como o couro e tapetes.

O Românico:  Aquando da independência de Portugal, a partir do século XII, foi necessário reconquistar o território aos Mouros, por este motivo foram-se desenvolvendo por todo o território fortificações, castelos, catedrais, igrejas. Estes templos cristãos eram pesados, com paredes muito grossas, poucas aberturas e pouca iluminação, a planta era em cruz latina, com três naves. Encontramos estes monumentos principalmente no norte de Portugal, mas um pouco por todo o território.

 A Sé de Lisboa e a Sé Velha de Coimbra são expoentes do Românico em Portugal.

O Gótico:  Movimento arquitetónico que surge nos finais do Séc. XII e vai até ao final do Séc. XV, até ao estilo Manuelino (Gótico tardio). A expansão do gótico deu-se em grande medida às ordens religiosas que foram construindo pelo País muitos mosteiros e Igrejas, Igrejas estas muito mais imponentes que as do passado.

 O Gótico aparece pela primeira vez no Mosteiro de Alcobaça, mandado construir por D Afonso Henriques (1178) e entregue à Ordem de Cister. O maior marco de arquitetura Gótica em Portugal é o Mosteiro da Batalha, mandado construir por D João I, para comemorar a Batalha de Aljubarrota em 1385, a vitória sobre os Castelhanos. 

O Manuelino:  Ou Gótico tardio, também conhecido como Flamejante, é um estilo que se desenvolveu com D Manuel I e prosseguiu durante o reinado de D João II. Um estilo muito conotado com os Descobrimentos Portugueses.

 A sua característica dominante é a exuberância, incorpora muitos elementos naturalistas e simbólicos, como a esfera armilar, a cruz de cristo (templários), corais, algas, cabos de navios e colunas-palmeiras.

 Exemplo emblemático do estilo Manuelino é o Mosteiro dos Jerónimos, mandado construir por D Manuel I, após o regresso de Vasco da Gama da India (1502). 

O Barroco:  O Barroco desenvolve-se em Portugal entre 1580-1756, um pouco mais tarde que o resto da Europa devido a uma crise grande vivida no País. Foi no reinado de D João V que o Barroco assume grande pujança. Mais tarde, a talha dourada assume preponderância, também na pintura escultura, artes decorativas e a arte do azulejo conhecem grande desenvolvimento nesta época.

O Palácio da Mafra, mandado construir em 1717, é o símbolo maior do Barroco português, mandado construir com o ouro vindo do Brasil, reflete a riqueza absolutista iniciada no Palácio de Versalhes.

O Romântico:  Movimento que surgiu no séc. XIX, coincide em Portugal com uma época de grandes movimentações sociais, politicas e económicas. A arquitetura inspira-se no passado medieval, mas com uma mistura muito grande de materiais como o tijolo, azulejos, ferro e outros.

A grande obra do romantismo em Portugal deve-se ao príncipe alemão Fernando II, casado com a rainha portuguesa D Maria II, o Palácio da Pena. Mas podemos admirar outras obras de arquitetura romântica no país como o Hotel Palácio do Buçaco, Quinta da Regaleira, a Estação do Rossio.

A Arte Déco e Nouveau : tardia e de pouca duração em Portugal, mas com exemplares de beleza extraordinária. A arte nouveau teve início por volta do ano de 1905 e terminou 15 anos mais tarde em 1920. Os princípios estéticos adoptados pela Arte Nova portuguesa era semelhantes ao do estilo que já proliferava na Europa; a influência francesa foi a que mais se fez notar nas construções deste estilo no território português. A aplicação da Arte Nova em Portugal deveu-se sobretudo à acção da burguesia urbana, que nas cidades de Lisboa, Porto e Aveiro, desenvolveram edifícios marcantemente deste estilo.

A Religião  – A constituição da República Portuguesa garante a liberdade religiosa. Não obstante a maioria dos portugueses são católicos (81%). Todavia convivem em Portugal várias religiões em perfeita harmonia, como Protestantes (75 000), Ortodoxos (56 000), Judeus (3 000), Muçulmanos (20 000) e outras igrejas mais recentes.

 Portugal tem um culto Mariano muito grande, tendo um dos maiores santuários marianos do Mundo, Santuário de Nossa senhora de Fátima, comemora o aparecimento de Nossa Senhora aos 3 pastorinhos em 13 de Maio de 1917. 

A Música, Dança e o Fado –  A música tradicional portuguesa é rica e variada. O Folclore e as Bandas filarmónicas ocupam o lugar de destaque em todas as festas e romarias. Mas o fado assume preponderância, considerado património da humanidade em 2011. O Fado caracteriza-se por ser cantado por uma só pessoa (Fadista) que é acompanhado pela guitarra portuguesa (guitarra em forma de pêra, com 12 cordas) e pelo cavaquinho (mini guitarra com 12 cordas com um som muito agudo, género ukulele). A palavra Fado vem do Latim “Fatum”, quer dizer Destino. Considerado por muitos uma canção triste e melancólica, que apela à saudade, ao sentir falta de alguma coisa…diz muito sobre a alma portuguesa.
 A maior embaixadora do fado foi Amália Rodrigues, tendo aparecido nas últimas décadas uma nova geração de fadistas como Mariza, Kátia Guerreiro, Camané, Cristina Branco, Carminho e Ana Moura entre outros.

As Touradas: Ainda legais em Portugal, contudo a morte do touro na arena é prática proibida.É um espetáculo tradicional de lide de touros bravos que remonta à idade do Bronze. A corrida de Touros à Portuguesa tem uma tradição secular, os cavaleiros vestem-se com trajes do Séc. XVIII e os forcados com fatos do fim do Séc. XIX. A corrida Portuguesa tem 3 fases, as cortesias, a lide a cavalo ou a pé e por fim a pega. Em algumas autarquias portuguesas a tradição é tão popular e está de tal forma enraizada que é considerada Património Cultural. Nos últimos anos têm surgido vários movimentos de defesa dos direitos dos animais a condenar esta prática cultura. A praça de touros mais importante do país é a praça do Campo Pequeno em Lisboa 

Pessoas Famosas  - Somos o País dos poetas Camões e Fernando Pessoa, do nobel da literatura José Saramago. O País dos aventureiros que deram novos Mundos ao Mundo como Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral.
O País da grande Amália, da Mariza, do Fado e da Saudade.
O País do Mourinho e do Cristiano Ronaldo. O país dos arquitectos premiados Siza Vieira e Souto Moura. O País do António Guterres e do Durão Barroso.

A Gastronomia e Vinhos:
 Portugal tem uma gastronomia tão rica e variada como a paisagem e o património. Mas é o mar que imprime a característica mais marcante à culinária portuguesa. Famoso pelo peixe grelhado, pelos mariscos e pelos pastéis de nata. O famoso arroz de marisco e a ainda mais famosa sardinha assada são prova disso, ambos eleitas maravilhas da gastronomia portuguesa.
Portugal é também famoso pela sua carne, o cozido à portuguesa é o prato rei quando falamos de carne, uma mistura de carnes e legumes cozinhados de forma suculenta.

O azeite está sempre presente em todas as meses portuguesas, é de grande qualidade e faz parte da chamada dieta mediterrânea, Portugal é um grande exportador de azeite (40% das exportações nacionais).

Norte do País : Deve provar as tripas à moda do Porto ou a Francesinha. Não esquecer nunca o famoso vinho do Porto.

Centro Litoral e Interior:   O centro litoral no esplendor de toda a sua costa atlântica oferece mariscos e peixes. As caldeiradas, peixe grelhado e as sardinhas assadas são os pratos principais. Ainda no centro, pode provar uma outra iguaria, o famoso leitão da Bairrada, acompanhado pelo espumante da mesma região. Se andar um pouco mais para o interior, nunca saindo do centro do país, a carne é a rainha, cabrito assado, enchidos, morcela de arroz. Não se esqueça de levar o queijo da Serra da Estrela. Quanto aos doces é obrigatório provar os ovos-moles de Aveiro. E o famoso pastel de Belém, bem como toda a doçaria conventual que está espalhada um pouco por todo o país.

Alentejo:  Terra de vinhos e azeite deve comer o famoso ensopado de borrego, a sopa é o prato principal, o pão está sempre à mesa. Além dos ensopados, o porco alentejano (porco preto) e os pratos de caça, muito temperados com ervas aromáticas, completam a típica cozinha alentejana. O Alentejo é famoso pela sua doçaria conventual, devido à presença no passado de inúmeros conventos de freiras, estes doces feitos à base de ovos, açúcar e amêndoa são um verdadeiro pecado dos céus. Os queijos de Niza e Serpa fecham do que mais maravilhoso pode provar no Alentejo.

Algarve : São famosos os mariscos e peixes variados. Laranjas de grandes dimensões e muito doces, assim como doces de amêndoa e alfarroba!

Santo António de Lisboa (13 de Junho)  – Santo António nasceu em Lisboa, é por isso o padroeiro da capital de Portugal, e morreu em Pádua em 13 de Junho de 1231. Na noite de 13 de Junho, desfilam na Av da Liberdade (a avenida mais importante da cidade), as marchas populares, um desfile alegórico em que os vários bairros da cidade competem entre si. Por toda a cidade existem arraias populares, bailes e muitos locais de animação. A sardinha assada é a rainha da festa. É tradição os rapazes oferecerem às namoradas um vaso com manjerico (uma planta aromática)
A cidade não dorme na noite de 13 de Junho!

São João do Porto ( 23 de Junho) -   Tem lugar na noite de 23 para 24 de Junho, celebra-se o nascimento de São João Batista. Pensa-se que esta festa já era vivida pelas gentes do Porto no Sec XIV. É uma festa cheia de tradições, destacam-se os martelos de plástico, as fogueiras pela cidade, fogo de artifício, manjericos e sardinha assada. A noite não para e normalmente a festa termina junto à Foz do Douro, junto à praia, aguardando pelo nascer do sol.

Senhora do Sameiro Braga (3 de Junho) -   É um santuário Mariano, o segundo mais importante a seguir a Fátima, a sua construção foi iniciada em 1863. Em 3 de jUnho faz-se a grande romaria à Senhora do Sameiro.

 Festa da Senhora da Agonia, Viana do Castelo (16 de Agosto) –  O culto da Senhora da Agonia remonta ao Sec XVIII. Esta festa mostra a devoção das gentes do mar (pescadores) a Nossa Senhora, retribuindo as graças concedidas aquando dos naufrágios e tempestades no mar. É uma festa com muitos eventos, como a procissão solene, o cortejo etnográfico, a procissão no mar, os tapetes floridos. As mulheres vestem-se ricamente com fatos coloridos e carregados de oiro.

Festa dos Tabuleiros , Tomar –  É uma festa que se realiza de 4 em 4 anos, nos meses de Junho ou Julho. Também conhecida como festa do Espirito Santo. Remonta ao tempo do Reu D Dinis e da sua Mulher a Rainha Santa Isabel, é uma festa que evoca a celebração da fertilidade da terra. Os tabuleiros são muito coloridos e normalmente transportados por jovens mulheres. 

CALENDÁRIO
Norte
Monção: Festa da Coca – 7 Junho (Combate entre São Jorge e o Dragão)
Barcelos: Festa das Cruzes
Guimarães: Festas Gualterianas – Primeira semana de Agosto
Guimarães: Festas Nicolinas – 29 Novembro a 7 Dezembro
Viana do Castelo: Romaria da Senhora d’Agonia – 15 a 20 Agosto
Vila Franca de Lima: Festa das Rosas – Segunda semana de Maio
Porto: São João - 23-24 Junho
Douro: Vindimas - Setembro e Outubro

Centro
Fátima: 13 Maio – 13 Outubro
Coimbra: Festival da Rainha Santa Isabel – Primeira semana de Julho, anos pares.
Tomar: Festa dos Tabuleiros Tomar - 1 a 15 Julho, de 4 em 4 anos. A próxima será em 2015
Óbidos: Mercado Medieval de Óbidos – Julho e Agosto
Vila Franca de Xira: Colete Encarnado (Festa do Touro e do Cavalo) – Primeira semana de Julho
Aveiro: Festa da Ria (festa dos barcos) – Julho e Agosto
Sesimbra: Festa dos Pescadores – Primeira semana de Maio
Santarém: Feira Nacional da Agricultura e do Gado – 1 a 10 Junho
Lisboa: Santo António – 12/13 Junho
Arredores de Lisboa: Segunda e Terceira semana de Junho
Sintra: Feira de São Pedro – 28/29 Junho
Cascais: Festival de Jazz – Primeira semana de Julho
Palmela: Festa das Vindimas (Vinho, Touros e Gastronomia) – Primeira semana Setembro
Golegã: Feira Nacional do Cavalo – Primeira quinzena de Novembro
Campo Maior: Festas das Flores e do Povo – Agosto e Setembro
Torres Vedras: Carnaval de Portugal – Fevereiro

Sul
Loulé: Carnaval de Portugal – Batalha das flores e Festas das Amendoeiras – Fevereiro
Castro Marim: Feira Medieval – 23 a 26 Agosto
Lagos: Festival dos Descobrimentos – 26 Abril a 05 Maio
Mértola: Festival Islâmico – 16 a 20 Maio